Poema Pagoda: Chá
Chá das 5

Poema Pagoda: Chá


O chá que tem origem na China, naturalmente faz parte da cultura deste povo desde seus primórdios. Pesquisando sobre a história deste país, é impossível não esbarrar em referências à sua bebida nacional. Neste poema pagoda (poesia começada apenas com um caracter que é expandido até sete caracteres em sua frase final) chamado de Chá, autoria de Yuan Zhen (Dinastia Tang, 618-907 DC), o autor conta o processo pelo o qual o chá passa, de sua produção à apreciação.

Ilustração do Pagoda de Porcelana de Nanjing, China, por Fischer von Erlach em 1971

Encontrei duas versões diferentes de tradução em inglês (nas quais me baseei para minha tradução em português) e publico abaixo:



香葉嫩芽
慕詩客愛僧家
碾雕白玉羅織紅紗
銚煎黃蕊色碗轉曲塵花
夜後邀陪明月晨前命對朝霞
洗盡古今人不倦將知醉後豈堪誇

(versão original, chinês)

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Chá
Folhas fragrantes, brotos macios.
O desejo de poetas, o amor dos monges.
Cortados e enterrado em jade branco, seda vermelha tecida em tear.
Fervido em caldeirão e feito à cor de ouro, a vasilha gira o fermentado aroma floral. 
A noite ele acompanha a lua vistosa, de madrugada ele dissipa a névoa da madrugada.
No passado e presente, pessoas são reavivadas e dispertas, enaltecidos de consciência em domínio da embriaguez.

(versão português por Yuri Hayashi, Chá, Arte e Vida!)

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Tea
fragrant leaves, tender buds.
The desire of poets, the love of monks.
Cut and ground white jade, red silk woven on a loom.
Boiled in a pan - the colour of yellow pistils,
swirled around in a bowl - blossoms of yeast mould.
At the end of the night it invites you to accompany the bright moon,
before dawn it makes you face the morning mist.
Washing it down, people of the past and present never tire.
Who can make such a claim after getting drunk?
(versão inglês fornecida pelo Museu de Arte de Hong Kong)

Tea
Fragrant leaves, tender buds
The desire of poets, the love of monks
Ground in carved white jade, sifted through red gauze
Cauldron brewed to the color of gold, bowl aswirl in floral foam
At night it welcomes the bright moon, at daybreak it dispels dawn’s rosy mists
Past and present, drinkers are refreshed and tireless, praisefully aware it quells drunkenness
(versão inglês por Steven D. Owyoung, tsiosophy.com)




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